Como publicar um livro? Quais os passos que devo dar?
Quais as aptidões que devo ter?
Para conseguir a publicação de uma obra, são requisitos fundamentais a ter em conta saber combinar uma boa dose de inteligência, perspicácia, disciplina e persistência.
Inteligência para conhecer o mercado e saber o que este procura.
Perspicácia para saber quais os editores que interessa contactar.
Disciplina para escrever uma obra que mereça ser publicada com início, meio e fim.
Persistência para alcançar o objectivo.
Ao concluir uma obra, há que recorrer a pessoas que saibam do que falam, com experiência de leitura e escrita, que compreendam o mundo da edição de livros.
Qualquer aspirante a escritor deverá conhecer o mercado que temos e acompanhar o trabalho que se tem realizado de ano para ano pelos vários intervenientes no processo.
Conhecer o mercado é um aspecto importante.
É igualmente importante ter uma bagagem considerável de leituras para se poder ser um melhor escritor.
Deverá pesquisar na internet um superior vislumbre do modo de funcionamento do mundo de edição português (há blogues de referência que acompanham regularmente as novidades editoriais, e também aquilo que se passa no mundo dos livros).
Esta pesquisa permitir-lhe-á descodificar quais as editoras que lhe interessam na área que pretende publicar.
Agora que fez o trabalho de pesquisa e elaborou uma lista de editoras-alvo para a sua obra tem que passar ao próximo passo.
Se tiver 18 anos, aconselha-se a esperar até aos 25 anos de idade.
Deverá dedicar-se a uma candidatura espontânea.
Para tal tem que primeiro preparar uma carta (ou e-mail) em que procurará convencer o editor com uma boa argumentação de que o manuscrito que tem em mão tem potencial de publicação. A escrita desta carta diz se a pessoa deve ou não ser levada a sério.
Deve limitar-se a escrever sobre a obra em si, e só quando for relevante acrescentar factos de pendor pessoal ou profissional.
A carta é sobre o livro, mas depois há a sinopse, que vai à parte.
A sinopse deve destacar o cenário, o enredo, o tema, as personagens, mas pouco mais e sempre de forma concisa, tentando trazer ao de cima o potencial da obra.
Quando já tem a carta feita, deve então procurar contactar as editoras da sua lista e tentar saber o nome do editor/editores e qual a melhor forma de submeter o manuscrito à sua apreciação.
Assim que souber os e-mails do editor ou assistente, envie então a carta com a sinopse mais o manuscrito anexado. A editora deverá indiciar a recepção do e-mail.
Depois vem a espera...
Enquanto aguarda uma resposta por parte do editor/editores não deverá importunar a editora com repetidas mensagens nem enviar e-mails em que manifesta a sua impaciência e desagrado com a demora.
Se o manuscrito tiver sido aprovado para edição por uma das editoras-alvo deve:
Elaborar um contrato, em que recebe um X de pagamento, e depois fica à espera da percentagem que cabe ao autor pelas vendas, se houver boas vendas.
Se o editor recomendar a reescrita de qualquer parte constituinte da obra, deve fazê-lo.
Chegamos à parte da produção do livro.
A única coisa que interessa nesta parte ao autor é a revisão do seu manuscrito, um processo que pode e deve acompanhar, mas de forma moderada e sem exigências.
A capa será escolhida pelo editor, e não pelo autor, pelo que se não gostar da capa, pode expor os seus argumentos junto ao editor, mas este terá sempre a última palavra.
Finalizada a produção do livro, passamos à distribuição nacional do livro e a respectiva promoção.
É importante frisar que cada editora tem o seu sistema de distribuição.
Quanto mais abrangente for o circuito de distribuição, significa que maior poder de manobra e capacidade financeira detém uma editora.
Chegamos à fase final, a promoção do livro.
O autor tem um papel cada vez mais activo na divulgação do seu livro junto ao público, seja através de redes sociais, blogues, lançamentos (nacionais e regionais), contactos de imprensa, etc.
É cada vez mais esperado que o autor faça esse trabalho em colaboração com a editora que fará o seu próprio trabalho de divulgação.
Quanto melhor o perfil comunicador do autor, mais hipóteses terá de chamar a atenção de forma positiva.
