Para melhor nos elucidarmos em relação ao processo de publicação de um livro, efectuamos pesquisas em revistas, livros e na internet.
Uma das pesquisas que analisámos foi um artigo da revista Os Meus livros, de Dezembro de 2004, intitulado Como publicar um livro.
Nesse artigo Filipe d’Avillez (o escritor do artigo) dá conselhos aos leitores que têm o desejo de ver uma obra sua publicada.
Filipe d’Avillez começa por referir que o mundo dos livros não é um mar de rosas, sendo que o mais difícil é ter uma ideia original e conseguir escrever um livro sobre essa ideia.
Há quem já tenha um manuscrito em casa e não sabe em como o partilhar com o mundo, então o artigo começa por sugerir ao “autor” duas hipóteses: ou o “autor” se inscreve numa edição de autor ou contacta uma editora. Se o “autor” optar por uma edição de autor tem a garantia que a sua obra literária é publicada e tudo o que conseguir ganhar nas vendas do mesmo é para si, no entanto todas as despesas na divulgação e edição serão suportadas por este. Se por acaso o “autor” optar por uma editora, o processo tornar-se-á mais fácil. O “autor” neste caso não necessitará de se preocupar com os custos da divulgação e publicação. O único senão é a editora só aceitar investir no livro se achar que vale a pena, ou seja que tem qualidade e vai vender bem. É aqui que tudo começa, na decisão do “autor”.
Imaginemos que o “autor” opta por escolher uma editora, a primeira coisa a fazer é escolher a editora que mais lhe convém. Existem diversas editoras que se especializam em determinadas áreas. Quando o “autor” descobrir a editora que mais se adequa ao seu género literário, deve contactá-la. E qual a melhor forma de contactar uma editora? A mais simples é fazê-lo por correio electrónico, no entanto para quem não quer ou não pode, pode sempre fazê-lo através do correio ou telefone.
Quanto ao que deve enviar, isso varia de editora para editora, mas o essencial é mesmo enviar o “projecto do livro”. No entanto pode ser necessário enviar alguns dados do autor para futuros contactos. É necessário que o “autor” se informe sobre “a proform da candidatura” logo no primeiro contacto.
Depois de enviar o “projecto do livro” resta então esperar pela resposta da editora. Normalmente o espaço de tempo razoável para esperar é um mês, mas pode levar mais tempo consoante o volume do livro. Regra geral, as editoras respondem sempre.
Se a resposta da editora for negativa o “autor” não deve desmoralizar. O “autor” tem o direito de ouvir uma curta explicação das razões por detrás da recusa, desta forma poderá tentar melhorar alguns aspectos do seu livro. Mas imaginemos que a resposta é positiva e a editora lhe propõe contrato, à algumas obrigações que terá que ter:
1º- O “autor” terá que se responsabilizar pela originalidade da obra;
2º- O “autor” terá estipulado “calendários” para o acompanhamento da produção do livro;
3º- O “autor” terá que se disponibilizar para diferentes ocasiões de promoção;
É natural que a editora possa sugerir algumas alterações na obra, mas não as pode impor. No entanto se a editora as sugere é para o sucesso do seu livro. À que encontrar um ponto de equilíbrio e claro manter boas relações.
O “autor” estará sujeito às datas, sendo esta uma das obrigações mais importantes perante uma editora. É fundamental evitar atrasos desnecessários.
Em geral, o “autor” recebe um valor por cada exemplar vendido. Chama-se a este pagamento o royalty. Poderá dar-se o caso de um adiantamento que será depois descontado dos royalities quando o livro for posto à venda. O valor do royalty poderá parecer-lhe baixo mas o “autor” deve lembra-se que a editora suportou todos os custos da divulgação e publicação da obra.
